abordagem dos principais fatos da cidade

Confusão em concurso da Educação

15-11-2009 23:57

O concurso público para efetivação em cargos da Rede Municipal de Educação de Aparecida de Goiânia, cuja seleção aconteceu no último dia 8, foi marcado por tumulto e desordem. Atraso para o início das provas – que variou de 30 minutos a uma hora e meia –, problemas de logística, falta de informação, violação de lacre em alguns envelopes contendo cartões-resposta e folhas de redação são algumas das alegações dos candidatos. Na segunda-feira, 9, em entrevista na TV, a Secretaria Municipal da Educação chegou a afirmar que os problemas foram pontuais e que concurso não seria anulado. A orientação, porém, mudou logo no dia seguinte e uma nova seleção foi marcada para o dia 13 de dezembro.  Segundo candidatos, o tumulto teria começado no anexo A da Unifan (Faculdade Alfredo Nasser), um dos prédios cedidos para a realização do concurso. A.C.B.C., 30, pedagoga, disse que a confusão formada no anexo A, em pouco tempo tomou conta do outro anexo, o B, atrapalhando a realização das provas. “Faltaram cadeiras, faltaram provas para os candidatos, houve rebuliço por falta de intérpretes para os deficientes auditivos”, completa indignada.  Na opinião de Elizabeth Guedes da Silva, 50, professora, o concurso deveria mesmo ser cancelado, pois sua filha, no tumulto, teria sido prejudicada por não ter conseguido concluir as questões.  “As provas que estavam marcadas para as 8, só começaram às 9 horas e logo passou uma mulher no corredor gritando repetidas vezes a palavra ‘fraude’”, afirma a mãe que também é funcionária pública. Karla Martins da Costa, 27, pedagoga, que fazia provas na Faculdade Padrão, por sua vez, também se diz lesada de seus direitos, já que o movimento, segundo afirma, a teria atrapalhado de fazer as provas. “A partir do momento que houve o atraso, o tumulto e que a polícia não conseguiu exercer nenhum controle da situação, toda a desordem formada tirou a concentração de quem tentava fazer as provas”, alega a candidata, lembrando que, na confusão, uma mulher indignada com os acontecimentos teria ficado desequilibrada emocionalmente e desmaiado no local. “Acho mesmo que a prova precisa ser cancelada, porque a situação criada mexeu com os direitos e com o emocional das pessoas que não podem ficar prejudicadas”, finaliza indignada. José Bueno Fernandes, 40, pedagogo, que fazia provas na sala 8 da Faculdade Padrão disse à redação que em sua sala a desorganização foi total. Segundo ele, as provas foram entregues aos candidatos com 1 hora e 45 minutos de atraso e os envelopes de gabaritos e folhas de redação estavam sem lacres. Conforme explica, diante do ocorrido, os fiscais pareciam completamente alheios, sem poder oferecer qualquer explicação para o tumulto que repentinamente teria se formado e tomado conta das dependências do prédio. “Isso, por si só, foi o suficiente para que a turma se levantasse em busca de alguma explicação para o que estava acontecendo, até que um fiscal coringa que estava com um detector de metal apareceu dizendo que o concurso estava cancelado”, finaliza.
Maria Nívea dos Santos, 32, que prestaria a seleção para ocupar uma das vagas de geografia afirmou que sequer chegou a ver as provas. Para ela, a culpa seria da equipe local que não soube organizar o concurso. “As cadeiras não estavam etiquetadas com o nome dos concursantes, as pessoas podiam sentar em qualquer lugar e houve casos de falta de cadeiras para os candidatos, fato que contribuiu para o tumulto”, explica.
Em outros locais, as provas correram normalmente. Dayane Cristina de Melo, 30, pedagoga, que fazia seleção numa unidade educacional nas imediações da Vila Brasília disse que só houve tumulto no final. “As pessoas que saíram de outros locais onde não aconteceram as provas bem que tentaram se comunicar com a gente, mas foram impedidas pelos organizadores e pela Polícia Militar”, relata a candidata justificando o fato de os tumultos no local terem se dado apenas na saída dos candidatos. S.R.P., 34, por sua vez, concorda com a anulação do concurso e estabelecimento de uma nova data de seleção. “Não acredito que a Secretaria da Educação tenha culpa disso, mas a partir do momento que houve boatos de vazamento de informação da prova, como muitos parecem alegar, o correto é mesmo uma nova avaliação para todos”, pondera.
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (SINTEGO), no que diz respeito ao ocorrido, afirmou que espera que os fatos sejam devidamente apurados e que os envolvidos na situação, uma vez comprovada a participação, sejam punidos nos rigores da Lei. “O que não vamos admitir é que os concursantes saiam prejudicados”, reitera Delson Vieira dos Santos, presidente da entidade.
Com a decisão de anular o concurso e determinar uma nova data para a sua realização, as provas para os cargos de Agente Educativo, merendeira e Serviços Diversos também sofreram alterações. A seleção, que aconteceria no próximo dia 22, foi adiada para o dia 20 de dezembro. Segundo a Secretaria Municipal da Educação, a medida foi tomada para dar maior transparência e para que não paire qualquer dúvida sobre a lisura do certame.
 

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