No próximo dia 29 de maio, as unidades de ensino da rede estadual de educação de Goiás escolherão seus novos gestores. Nesse dia, as escolas deverão receber, das 7h30 às 21 horas, a comunidade escolar para a votação. Muito questionada em Goiás, a eleição ainda se insinua como a melhor maneira de se realizar a escolha dos nomes que ocuparão as posições representativas e que irão gerir o serviço pedagógico da escola. É claro que o processo precisa ser aprimorado, como forma de dirimir as barganhas e de administrar os conflitos que acabam por ocorrer dentro e fora da instituição.
Ao contrário do que se comenta por aí, a queda na qualidade de ensino e o sucateamento das escolas não decorrem da escolha democrática de gestores escolares. Essa é, aliás, uma alegação dos vereadores de Aparecida de Goiânia, que relutam para não verem aprovada a eleição para diretores das escolas municipais. A questão da baixa na qualidade de ensino é culpa das pressões e refregas da Secretaria de Educação que banalizou a aprovação e que resolveu premiar o mau comportamento e a vadiagem, contemplando certos alunos com projetos mirabolantes e completamente ridículos, sob a alegação de que estaria injetando neles motivação para prosseguir nas etapas mais complicadas do ensino. No que diz respeito ao sucateamento das escolas, trata-se de um caso inegável de falta de presença do Estado. Há uma carência muito grande de policiais nas instituições de ensino. O governo não investe o mínimo necessário na reforma, ampliação e edificação de prédios escolares. Há casos em que alunos precisam assistir aulas sentados nas mesinhas por falta de carteiras, quando não são obrigados a se curvarem para escrever com o caderno no colo, pelo fato de as carteiras não possuírem os braços onde normalmente os alunos deveriam apoiar seus materiais.
No caso, como forma de fazer frente a semelhantes problemas, o que os eleitores das escolas deveriam cobrar dos futuros gestores das unidades de ensino é mais dinamismo e bravura para cobrar as benfeitorias para suas respectivas escolas. Exigir que os eleitos não se comportem nos anos que seguirem seus mandatos como meros reprodutores dos discursos institucionais da Secretaria Estadual de Educação.
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